São minhas essas tardes
Essa brisa que invade frestas
Luz do sol que ilumina arestas
E bota cor no sabor de sentir
Inefável contemplação quieta
Como a escutar um pensamento
Que anda a gerar pensamentos
Na penumbra da imaginação
São minhas essas tardes
Forjadas de súbitos silêncios
E olhares com asas caçando
Uma beleza oculta, talvez
Nas coisas elas mesmas
Despercebida lucidez
Na viuvez das palavras
Na nudez dessa poesia
São minhas essas tardes
Invadida desses silêncios
E de olhares voadores
Com emoção feita de luz
E pensamentos de cores
Dessas palavras tão nuas
São tão minhas essas tardes
Que queria que fossem tuas
Essa brisa que invade frestas
Luz do sol que ilumina arestas
E bota cor no sabor de sentir
Inefável contemplação quieta
Como a escutar um pensamento
Que anda a gerar pensamentos
Na penumbra da imaginação
São minhas essas tardes
Forjadas de súbitos silêncios
E olhares com asas caçando
Uma beleza oculta, talvez
Nas coisas elas mesmas
Despercebida lucidez
Na viuvez das palavras
Na nudez dessa poesia
São minhas essas tardes
Invadida desses silêncios
E de olhares voadores
Com emoção feita de luz
E pensamentos de cores
Dessas palavras tão nuas
São tão minhas essas tardes
Que queria que fossem tuas