BERÇO DA SOLIDÃO

Inverno gelado que te racha

Que só te encolhe e te abaixa

Neve que te cai congelada

Que te vem toda molhada

Vento frio que te corta

Que te deixa e não te aporta

Mas tudo isso, já não te importa

A friagem e a frieza não mais te tocam

O costume te fez aceitar a esta vida vazia

Por isso nem te pronuncias

Dormes e acordas

No berço frio e gelado da solidão

Acostumaste com a frieza da falta de emoção

Que nem ao menos te aquece

Apenas te esquece

Nem procuras mais pelo calor

É um sol falso, sem fulgor

Mas no teu berço solitário

Sonhas com teu imaginário

E que por ele te compensa

Pois sabe o que pensas

E sabe o que sentes

E nesse sonho intenso

Recebes todas as bençãos...

Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 10/09/2006
Reeditado em 30/09/2006
Código do texto: T237261
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.