BERÇO DA SOLIDÃO
Inverno gelado que te racha
Que só te encolhe e te abaixa
Neve que te cai congelada
Que te vem toda molhada
Vento frio que te corta
Que te deixa e não te aporta
Mas tudo isso, já não te importa
A friagem e a frieza não mais te tocam
O costume te fez aceitar a esta vida vazia
Por isso nem te pronuncias
Dormes e acordas
No berço frio e gelado da solidão
Acostumaste com a frieza da falta de emoção
Que nem ao menos te aquece
Apenas te esquece
Nem procuras mais pelo calor
É um sol falso, sem fulgor
Mas no teu berço solitário
Sonhas com teu imaginário
E que por ele te compensa
Pois sabe o que pensas
E sabe o que sentes
E nesse sonho intenso
Recebes todas as bençãos...