Alugueres de amor.
Brilha tal qual estrela,
transpira nas madrugadas
desfila em suas calçadas
em parcas névoas de luz.
Mercadoria peregrina,
- escrava das cafetinas -,
atenta ao vibrar das buzinas,
vidraça o seu nu na esquina.
Finge, redemoinha sentimentos,
ouve confissões, lamentos,
vive segredos no tempo,
joga-os em busca do vento.
Mero objeto de uso,
, com prazo de validade,
enquanto a beleza da idade
puder saciar as vontades
dos alugueres de amor.