POEMA DO CORPO - inacabado
As linhas distribuídas pelo corpo, enriquecidas com sangue venoso. Quem dirá arterial! Este imenso rio carregado em nutrientes, o mais perfeito alimento transformado em ATP, combustível das inúmeras contrações musculares responsáveis por toda mobilidade de um corpo exigente.
Bem aventurado o corpo que se cansa, pede repouso, mas a necessidade de reviver lhe dá forças. E num passo de mágica se revigora, e então, o que parecia acabado, agora, enxerga apenas novo início, a quem deram o nome de ‘’superação’’.
E, é assim aos trancos e barrancos que vamos caminhando apoiados pelos membros inferiores, onde os pés apontam para frente, indicam o caminho a calejar-se nas subidas e descidas que os passos digitam ao escrever a própria história.
Alegres saltitos conferem aos joelhos amortecedores, molas anatômicas de criação incomparável sob forte gravidade, entroncado pelo fêmur e a tíbia unida à fíbula, e ainda protegida pela patela.
Abandonemos os joelhos e partimos então para o quadril, esse osso dividido em três, escudo protetor da bexiga, dos órgãos responsáveis pela reprodução e excreção...