Espelhos
A verdade é que os dias tem me sido como espelhos
Vejo tudo de mim, mesmo o que me leva ao fim
Choro sozinho, silenciando minha felicidade
Choro a amargura das eras, a tendência da infelicidade
Seria um sopro de vida, o que percorre esse deserto?
Ouço delicados passos na areia, deixando marcas de incoerência
Qual será minha herança, a minha falta de esperança?
Como uma criança me vejo a chorar... Encharcando os céus de meu próprio existir
Anjo!! desperte!!!
Saia das sombras, não retenhas meu sorriso
Dele preciso, doce júbilo!!
Uma saída desse amor finito ao qual me prendi para sempre!!!
Socorra-me, essa alma em chamas
Ardendo pelos caminhos da salvação!!
Qual o preço da imensidão??
Lavo meus lábios, com água pura da sabedoria!!
Que apenas diga o que me fornecer morte, por que a eternidade me dói dor de exílio!!!
Prossigo, ainda insisto. Fiel ao meu coração e ao que me torno a cada dia, não mais apenas uma melodia, mas parte exclusiva de quem compôs a canção...