A PALAVRA

A PALAVRA

A vida seria mais grácil,

Todo mundo falando igual,

Numa gramática mais fácil.

A palavra é como um sinal:

Pode apontar-nos um caminho,

Ou até livrar-nos do mal.

Devemos falar bem baixinho,

Pois as paredes tem ouvidos,

Quando contarmos segredinho.

Palavras tem vários sentidos,

Devem ser bem analisadas,

Pra nos tornarmos compreendidos.

Se forem mal interpretadas,

Pode haver sérias conseqüências,

Tornam as relações complicadas.

De acordo com minhas vivências,

Escolho dos mais simples termos,

Nos versos, contando experiências.

Num texto, se não entendermos,

A nossa atenção se dispersa,

Fazendo assim tempo perdermos.

Se usarmos de uma forma inversa,

Talvez venha a dar confusão,

Mudando o rumo da conversa.

É bom simplificar então,

Uma reforma é necessária,

Tirante regras de exceção.

Tem muita regra refratária,

"Quase tão velhas como o mundo",

Como tem lei deficitária.

Pode alguém ficar rubicundo,

Ouvindo uma palavra feia

Da boca de um vagabundo.

Há gente que até nos chateia,

Uma palavra repetindo

A todo tempo, volta e meia.

A palavra vai refletindo

Tudo que o cérebro comanda,

Se a boca não for impedindo.

Assim a gramática anda,

Com os que não sabem ler,

E de boca em boca desanda.

Alfabetizar deve ser

Sempre a maior prioridade,

Quando um País quer crescer.

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 11/07/2010
Reeditado em 11/07/2010
Código do texto: T2370631
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