Touch*

urge soltar essa imensidão que me habita
essa extensão cósmica que me devora
não quero desvendar esse rito sozinha
preciso do toque da tua alma na minha
principio tocando de leve o espectro
a densidade da tecla de um escrito
as letras não ecoam todo dia a saudade
tantas vezes danço nas linhas, instável.

garatujas coloridas me rodeiam
corpos celestes de um sentimento espreito,
o nada me abre os poros do segredo
e, além do verde azulado, nada vejo
a proximidade esgueira-se na calmaria
e, mesmo sem sol, há um centro que brilha
o avante está lá e nos habita
como um sonho velado em meio dores da escrita.

feminino movimento sem rascunho
eixo, medula de um verso afoito.

Karinna*


Karinna
Enviado por Karinna em 11/07/2010
Código do texto: T2370570