Menina Mulher!

Menina Mulher!

Os anos não representam

E a idade não qualifica.

O que a mente esconde.

Somente o coração explica.

Hora inocente, doce e meiga.

Trago comigo a candura.

Que em muitas não há.

Pois a modernidade não perdoa.

Me pego a versejar.

As bonecas ainda me encantam.

Tem horas que só quero colo.

De alguém mais um doce.

Mudo de repente.

E a força me vem à tona.

Torno-me a mulher bem decidida.

Que a muitos atordoa.

As bonecas de outrora.

Nada mais me fascinam.

Talvez só me reste à inocência.

Da doce menina.

E assim vou vivendo.

Em uma alternância sem fim.

Exatamente da forma que relato.

A Meiga menina.

E a forte mulher.

Fazem parte de mim!