Alvorecer
É noite alta
Em meus ouvidos ouço estrelas atormentadas
Sentidos vagos não tentam dizer nada
Tudo é um ermo de cinza escuro e secular
Ouço ruídos
Alegorias sutis e elevadas da noite
Que no silêncio retinem alto, açoites
E, taciturnos
Que mansidão
A alvorada é um mar levemente acalmado
O pensamento emudece acanhado
Em reverência ao sol que adentra o dia
Meus olhos, janela aberta
Que sonolentos elevam além de mim
Da noite clara, exaurida, seu fim
Devagarzinho, cedendo ao dia, a vida
E pássaros acordam eufóricos nos ninhos
Surge a aurora
E eu fito a lua retraída indo
Ao seu retiro
N´outro outro lado do mar
...
Sumindo.
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