Dias de Gente

Existe dias que não me sinto gente

Dia quente para enfrentar a enchente,

Dia tumultuado para a solidão,

Dia de presente sem tradição.

Nesses dias desolados

Tudo praticamente são pecados

Infortúnios consequentes do pensamento antissocial,

A culpa egocentral da derrota do ser imortal,

Sofre o desespero da sobrevivência carnal

Dias de luta sem inimigos

Dias de guerra sem atrito

O terror dos dias tranquilos,

A inconsciência da lucidez.

Muito álcool

Pouca embriaguez.

Dias retilíneos

Curva sem destino

Movimento sem ação

Natural como a fome do leão.

Não depende do querer,

Mas, do intimo desejo de poder.

Dias como este nos leva a loucura

Pouco amor e muita ternura

Todos os desejos e nenhuma censura.

Dias de pressão sem temperatura

Dias de vontade sem coragem

Dias insuficientes para a decolagem

Dia da gente ser inconsequente

Sem reflexo

Atos imprudentes.

Iza a Bella
Enviado por Iza a Bella em 08/07/2010
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