afinal
sobre as pedras
sob o sol
olhos amargos de sal
eu sou o barco
eu sou o vento
eu sou o mar
afinal
fui eu quem te trouxe a estrela
fui quem te roubou o beijo
fui eu quem te tirou pra dançar
a paisagem que atravessa a janela
enfeita o teu olhar
ainda não é nem primavera
mas sempre existe alguma flor
nascendo fortuita
no emaranhado imprevisivel
desse nosso amor