O homem e seu destino imutável

"O homem, o pensador,

Sonda com o olhar a vasta extensão;

Interroga as profundezas do céu;

Procura a solução desses grandes problemas:

O problema do mundo, o problema da vida.

Considera esse majestoso Universo,

No qual se sente como que mergulhado;

Acompanha com os olhos

A carreira dos gigantes do Espaço,

Sóis da noite, focos terríficos

Cuja luz percorre as imensidades taciturnas;

Interroga esses astros, esses mundos inumeráveis,

Mas estes passam mudos,

Prosseguindo em seu rumo,

Para um fim que ninguém conhece.

Silêncio esmagador paira sobre o abismo,

Envolve o homem,

Torna esse Universo mais solene ainda

Duas coisas, no entanto,

Nos aparecem à primeira vista no Universo:

A matéria e o movimento, a substância e a força.

Os mundos são formados de matéria

E essa matéria, inerte por si mesma, se move.

Quem, pois, a faz mover-se?

Qual é essa força que a anima?

Primeiro problema.

Mas o homem, do infinito,

Chama sobre si mesmo sua atenção.

Essa matéria e essa força universais

Ele encontra em si mesmo e,

Com elas, um terceiro elemento:

A inteligência

Com o qual conheceu, viu

e os outros mediu.

Entretanto, a inteligência humana não é,

Por si só, sua própria causa.

Se o homem fosse sua própria causa,

Poderia manter e conservar

O poder da vida que está em si;

Mas, em verdade, esse poder,

Sujeito a variações, a desfalecimentos,

Excede à vontade humana.

Se a inteligência existe no homem,

Deve encontrar-se nesse Universo

De que faz parte integrante.

O que existe na parte deve encontrar-se no todo.

A matéria não é mais que a vestimenta,

A forma sensível e mutável,

Revestida pela vida;

Um cadáver não pensa, nem se move.

A força é um simples agente

Destinado a entreter as forças vitais.

É, pois, a inteligência que governa os mundos.

Essa inteligência se manifesta

Por leis sábias e profundas,

Ordenadoras e conservadoras do Universo.

Todas as pesquisas,

Todos os trabalhos da ciência contemporânea,

Concorrem para demonstrar a ação das leis naturais,

Que uma Lei suprema liga, abraça,

Para constituir a universal harmonia.

Por essa lei, uma Inteligência soberana

Revela-se à razão mesma das coisas,

Razão consciente,

Unidade universal para onde convergem,

Ligando-se e fundindo-se,

Todas as relações,

Aonde todos os seres

Vêm haurir a força, a luz e a vida;

Ser absoluto e perfeito,

Fundamente imutável e

Fonte eterna de toda a ciência,

De toda a verdade,

De toda a sabedoria,

De todo o amor"

Que habita o templo vivo da consciência.

Aquele o lugar sagrado,

Que abriga a centelha, a divina centelha,

Que passa pela mente

E se reveste de sentimentos no coração

Que Ser é esse que sentimos em nossos corações?

Que Ser é esse que preenche nossa intuição

E na angústia recorremos a fim de acharmos as respostas e paz?

Que nos vem originalmente na forma de Luz,

Mas através de alguns homens estultos na forma de açoite

Para afanar nossas consciências em nome de si mesmos

Eis que fechando os olhos sabemos não precisar

De nada terreno, e de ninguém, para sentirmos sua presença

É acalmar os pensamentos e tornarmo-nos serenos

E vibrar naquilo que nos é mais natural: o amor

Esse Ser que repousa em cada fibra do corpo

E transpassa a mera matéria e se torna consciência

E é a riqueza que nos falam em tempo bimilenar

Do Qual tudo provém, vive e viverá, pra sempre

O homem que é de si mas para Ele voltará.

É a Lei: tudo evolui.

E não há nada melhor

É para nosso bem

*baseado na obra "O Grande Enigma" de Leon Denis

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 08/07/2010
Reeditado em 08/07/2010
Código do texto: T2364856
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