Cão- Poema
 
Sem raça definida,
quase sempre em pobre rima.
 Meu cão-poema ganha vida
e ainda assim não desanima.
 
Em meio a tudo, ele procura
uma mensagem para mandar.
Cata palavras, e às vezes jura
que um dia inda, vai agradar.
 
Abana o rabo, e espera paciente 
 meus dedos a lhe acariciar.
Fuça, e procura  incansavelmente
u'a fonte para sua sede matar.
 
Cão vadio - pobre poema,
a espera do mote que alguém dará.
qualquer notícia, pode ser tema
quem sabe, um dia conseguirá?

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Inspirado em :
Mário Quintana

Subnutrido de beleza, meu cachorro-poema vai farejando poesia em tudo, pois nunca se sabe quanto tesouro andará desperdiçado por aí...
Quanto filhotinho de estrela atirado no lixo!"

 
 
Kate Weiss
Enviado por Kate Weiss em 07/07/2010
Reeditado em 17/03/2014
Código do texto: T2364789
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