Canto Serrano
A poeira sobe e com ela o meu pensamento
Estrada serrana do interior
Não há gente, não há ninguém
Aqui eu não existo!
Amores serranos vida tranqüila
Suspiro e doce-mel
Mãos dadas passos ligeiros cambaleantes
Estrada serrana não há ninguém – nem mesmo eu!
Praça, padre, confissão e quermesse
Folia, fogueira, bandeiras – forró
Mãos dadas passos incertos
Praça do interior não há ninguém – nem mesmo eu!
Pássaros, poeiras, estradas e riachos
Pastos não verdes - rebanho nenhum
Fotografias, cachoeiras – nunca estive
Pôr-do-sol melancolia – ociosidade
A poeira sobe e com ela o meu pensamento
Estrada serrana do interior
Não há gente, não há ninguém
Aqui eu não existo!