DESPEDIDA
Carcará,
leva meu corpo, minha alma,
ao eterno Deus-dará,
enfeita com simples palma,
o caixão do corpo meu...
ninguém irá chorar,
ninguém chora por um ateu,
que nunca soube a quem amar...
Sorria por entre as lágrimas
daqueles que choram em meu caixão
não ligue para essas rimas
corroídas pela ilusão.
Atira-me à terra crua,
finalmente irei descansar,
minha alma doce e nua
pela noite irá vagar...