A cova no quintal

3 da manhã de um dia normal,

Os pássaros cantam,

Levanto e tomo meu café

como de costume.

Coloco minhas botas,

e no som meu cd dos Rolling Stones.

lá fora faz frio,

mas mesmo assim tenho que sair.

Pego uma pá e minhas luvas de borracha,

Continuo a cavar

o buraco que comecei no dia anterior.

O suor rolando sobre a face,

e a lama cobrindo minhas botas.

A camisa molhada…

Tenho que terminar,

pois hoje aqui serão enterradas

todas as cartas de um falso amor.

Junto com quem as escreveu,

Junto com o corpo meu,

que conheceu o amor,

Mas não soube vive-lo.