A Ultima poesia
Aquela que sem inspiração me escapa a mente
E salta as letras formando palavras em pedaço de papel
Aquela que sem assunto vai se formando
Quase que sem motivo, querendo revelar algo
Aquela que sem medo, enfrenta o dedilhar dos dedos em teclas
Nas madrugadas agonizadas pelo sem nada a fazer
Exatamente aquelas que lhe tira o sono
Agonia imperativa naquela noite
Daquele amor que tantas vezes ja transcrevi em sentimentos
E ja sofri, ja chorei, e ja me arrependi
Daquela história que tantas vezes ja citei
Em milhares de vezes, tentando entender
Mas ja desisto de tudo que ja escrevi
E decreto a ultima
Daquilo que não sei o que é e que ja não quero mais
Da penultima vez era bobagem
Era um beijo sem significado
Que nunca terminou
E que hoje termino
Escrevendo a Ultima poesia
Talvez o Ultimo dos teus lamentos
Pois eu continuarei a escrever
Mas só quando tiver algo a dizer