O Amor de Solis...
E em seu silêncio,
Cúmplice de meu olhar,
... Entoei-lhe:
Amo - te... Meu doce Ícaro...
Não houve olhar,
Em que encontrei o seu,
Não que a todos,
Eu tenha olhado,
... Mas foram os seus,
Que próximo vi...
Desejava algo sem nome,
Algo único a ti,
Então me dei...
E não a ser a quem eu me entregue,
Que viva eternamente...
Ou empós ter tido a mim, continue a sentir...
Qualquer fervor ao cerne...
Meu beijo fora a Morte,
Meu ósculo fora o último,
Minha saliva fora cálida,
E meu toque – teu fim...
Em teu olhar avistei,
Teu Sonho alvo,
A orla do vento vasto,
... Então o realizei...
Observava,
Com tamanha dor,
Seu corpo decaído,
Curvando-se com fervor,
...Indo ao infinito
De seu próprio ser...
Tuas asas mortais... Veludos a decair...
Sua pluma fora seu corpo,
Sua tinta seu sangue,
E sua obra final, sua Morte... Ó Morte...
Tu o único,
O Amor que possui e senti,
Floresceu e feneceu,
Viveu e não morreu,
Por qual razão meu doce Ícaro me abandonou aqui?