SUSPIRO DE UM VIAJANTE...
O vento me leva, é o vento da sorte...
Sempre sem rumo, sempre sem norte.
Viajo a trabalho, o dever me manda,
Minha casa é a estrada, nunca tem varanda.
Os amigos eu deixo para cumprir meu dever,
Mas não me demoro, volto todos rever.
Sempre fazem falta os amigos de verdade...
As noites são cheias da dor da saudade.
Viajo sozinho, não tenho ninguém...
Não preciso voltar para os braços de alguém.
Quem sabe algum dia na estrada da vida
Eu encontre um motivo, eu encontre guarida.
O Senhor me acompanha, eu posso sentir...
Sua presença é constante no meu ir e vir
Cada dia uma viagem, cada dia um lugar,
Viajante solitário, sem ninguém para amar.
Paulo Moreno