Lubricidade

Quisera ser a serpe venenosa

Que dá-te medo e dá-te pesadelos

Para envolverem, ó Flor maravilhosa,

Nos flavos turbilhões dos teus cabelos.

Quisera ser a serpe veludosa

Para, enroscada em múltiplos novelos,

Saltar-te aos seios de fluidez cheirosa

E babujá-los e depois mordê-los...

Talvez que o sangue impuro e flamejante

Do teu lânguido corpo de bacante,

Da langue ondulação de águas do Reno

Estranhamente se purificasse...

Pois que um veneno de áspide vorace

Deve ser morto com igual veneno...

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 05/07/2010
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2359459