Noite de Insônia

É Noite de insônia, coisa natural em mim

Aproveito o tempo!

E escrevo, mesmo sendo noite de insônia e febril

Estou em pedaços, em cacos ...

Cacos absurdamente conscientes

Das dores...

Dos risos...

Na contramão do tempo

Ah! Que angustia, que náusea do estomago à alma!

Que amigos que tenho tido!

Acidente da inconseqüência da superfície das coisas...

Carinhos?Afetos?São Memórias?

Falem pouco, devagar.

Que eu não ouça ,sobretudo com o pensamento....

Agora a noite tem uma só cor.

O tempo, esse, deixou de correr.

Os ponteiros esbarram um no outro e por isso se movem, involuntariamente.

A vida continua, mas em câmara lenta, num vagar doloroso.

E neste momento, enchem-me a memória estes versos...

Pouco a pouco, da angustia de mim vou eu mesmo emergindo

Ah! A febre? Esta também cessara...

Finda a noite...

Vem o sol...