eu quero esse homem!

Um homem surgido do nada,

Com palavras crivadas de mágica,

Me envolveu em seus sonhos,

Me roubando a razão.

Encontro-me vagando entre dois mundos distintos,

O real, meu mundo concreto,

E o sul – real, de um poeta e seus versos.

Embriaguei-me nas suas cenas descritas,

Quis ser sua musa por instantes...

Mergulhando em suas rimas.

Afoguei-me, com o peso da verdade amarrada aos pés...

Não é para mim seu furor,

Não sou eu que lhe desperta o ardor.

Mais fascinada, sem medo do desconhecido,

A minha sereia se lança,

Desbrava oceanos, distâncias,

E ao seu encontro se vai no vento de um pensamento.

Transcendental meu desejo,

Ínfimo meu medo

Pois apaixonada, encantada, enfeitiçada.

A minha alma está aflita,

Ele não sabe do meu penar...

Nem imagina, que meu corpo lhe implora guarida,

Que desejo suas mãos tão velozes no desvendar,

Sua boca tão hábil no acariciar...

Estou entregue a esse homem de bruma,

Que me encantou com suas linhas, sua maneira de amar

Mais seus versos voam em outra direção.

Seu beijo busca outra boca,

Sua língua enrosca em outra que não a minha.

A mim só resta meu sonho oscular-lhe a lembrança.

Deixo-me guiar-me pelo instinto,

E num instante maldito,

Envolver na ilusão, de ter sua emoção

De um dia, talvez, ser meu seu coração.

Resultado,

Choro na solidão,

Tendo como companheira a desilusão!

Observadora
Enviado por Observadora em 08/09/2006
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