Mágoa de Nada
Não tenho mágoa de nada
Foi tudo fruto da minha dor
E quando a dor resplandece
Parece um galho de flor
Sem as rosas; somente espinhos!
Era fome de amor
Queria pedacinhos de pão
Pra comer na tua mão
E na doçura do teu beijo
Saciar a minha sede
Mágoas inventadas por um coração
Surdo e cego
De não querer ver
A vida transparecer!
Mágoas de mim...
Meu amor!
De tanto te querer
Sem poder
Sem jamais ter
Mágoas que águas haverão de lavar
Ficarão branquinhas, branquinhas...
E na inércia do tempo, serem levadas...