FELIZ INCONGRUÊNCIA!
Quero saber, se vez em quando, ainda existo...
Satisfazer, fazer valer o meu espírito
Daquele tempo que ao implacável eu resisto
Por não sentir senão um ser de tão bem quisto!
Perdi o bonde do juízo e o trem das onze
Dormi decúbito ventral em estátua de bronze
Friorento encolhido nos braços de Morfeu
Dormi o injusto sono dos justos, oh meu Deus...!
Meu cobertor interno é uma golada de cachaça
Que me aqueça e não me leve dessa praça
Enquanto o povo passa ao longo desse trampo...
Eu me planejo inteiramente pro escambo...
E após janeiro, fevereiro entra em campo
Um carnaval tropicaliente me encanta
E ao meio-dia lá em Cuba eu danço um mambo
Pra não de dizer que não falei de flor do campo...
Visto meu falo com camisas tricolores
A preservar da gravidez e de outras dores
E quem gostou que bata palma, peça bis
Quem não gostou tire o chapéu e o rasgue em xis!
Metamorfoseando minha crença numa muda
De um cristão que adotou o clã de Buda
Vôo de bicicleta estreando uma bermuda
Nalgum triângulo colorido de anarrugas...
Classificando toda sorte contra o azar
Aspiro um galho de folhas de arruda...
Ponho uma rosa na lapela a reciclar
Toda a tristeza na alegria de uma ajuda...
"Censura Livre" para menores de 15 planos...