INSINUANDO AMOR.
Queria te tocar/acalentar
no momento em que chegas
cansado/ousado/sorrindo e
a insinuar o instante seguinte.
Queria te dar meu colo/refúgio/
regato/aparato e porto/pradaria;
te beijar docemente/inocente e
gulosamente na malícia da noite
que surge aos poucos e com a calma
de quem tem pressa.
Ir desvendando segredos/criando
mistérios...
Cruzar meus braços em seus abraços,
confundir minhas pernas em teus passos,
deslizar suave em seu corpo como água
na ânsia dócil e furiosa por reencontrar a
fonte...
... qual taça de vinho espumante
fazendo sorrir e embriagar/inebriando de
amor o desejo (in)contido/(in)controlado,amor
do tipo que se faz ás pressas e tão lentamente
que não se deixa saber a hora em que termina,
pois logo anseia por recomeçar.
Queria calar com sussuro,gritar com os
olhos, amar como nunca e descansar feito
tatuagem corpo á corpo.
Esgotar todas as possibilidades do momento
presente e deixar a vida lá fora esperando sem hora
sem pressa, o nascimento do dia para se recompor e
aguardar outro momento para recomeçar...
... pode até ser agora.
Márcia Barcelos.