NAS AREIAS DO DESTINO

Enfrentei todos os desejos

Aqueles que me puxam pela terra

Tirei das vísceras sangradas

Todos os sais marítimos

Tirei o ontem e o hoje

Enfrentando o amanhã de beijos

Tirei entre as estrelas o brilho

E o gozo mais profano entre tuas coxas

Toquei velas mar adentro

Busquei minha doce Ilha de novo

Cruzei desertos como um nômade aflito

Tirei do sangue meu novo suspiro

Traguei todas as tuas tragédias

E o ar pulsante de lancinante visão

Armei teus segredos com os meus

E do beijo em tua boca

Alvo suspiro para águas noturnas

Naveguei pelo teu corpo ávido

Sugei teu peito fremente

Riscando as párias armadilhas da vida

Do latente crepúsculo do mar do norte

Lamúrias entrecortadas cantei também

Passei lavando os esgotos de dia

Rompi os tratados em Tordesilhas

Plantei uma nova flor no Jardim

E mirei o espelho da vida

E no mar de dentro

Sai da nau escura aflito

E de nova libações

Orei aos deuses do amor

O perdão da minha ausência

Na Ilha do dia seguinte vislumbrei a tua paixão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 08/09/2006
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