ARTE SEM VERGONHA
O pincel vai lambendo a tela
Que antes pálida
Agora vai adquirindo cor
E assim vai-se o dia todo
Essa “sem-vergonhice”
Os dois se esfregando
Sem nenhum pudor
Nasce então a arte
Nasce então mais um filho
O pincel virgem adquire experiência
O pincel outrora estéril
Agora produz como nunca
E após tudo feito
A tela sai a se exibir
Sem culpa nem pudor
Sem vergonha (...)