A Grande Dama

Abri a janela do meu quarto

Numa belíssima manhã de verão,

Avistei o mar em sua imensidão

E um sonho em mim carecia de um parto.

Deixei que o Sol inundasse meu ambiente

E que seus raios iluminassem meus devaneios,

Havia um excelso mistério em meu seio

Num orvalhar de luzes que resplandecia de repente.

Resolvi perambular à beira-mar

Para no calor tentar revelar meu sonho,

Suei gotas de orvalho num frenesi medonho

E abri os braços para saudar a beleza do lugar.

Repentinamente me sentei no chão

E na areia construí um belo palácio,

Senti forte inspiração e me foi muito fácil

Desvendar grande dama sorrindo com emoção.

Seu perfil era nobre e sedutor

E seu sorriso iluminava as imagens do dia,

Porte elegante, rosto repleto de magia,

Era uma deusa que simbolizava o amor.

Senti sua voz em meus ouvidos

Sussurrando que o palácio era seu castelo,

E mesmo diante de tantos mistérios,

Compreendi que a dama governava os sentidos.

Tinha um hábito bastante salutar

Que era o amor que destinava ao mundo,

Criatura que guardava em si devaneios profundos

Para que a humanidade aprendesse a amar.

Ninfa que combatia a hipocrisia,

Deusa-mulher que o universo precisava conhecer,

Coração de ouro que reluz em cada amanhecer,

Pedra preciosa adornada de alquimia.

Finalmente o parto encantou a natureza

E renovou no seio do povo a esperança,

Nasceu no coração de todos uma nova criança,

Uma grande dama cheia de esplendor e beleza!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/07/2010
Código do texto: T2351997
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