Um Beco

O que se espera da obscuridade humana,

a profana mente atenta para o real,

O que se espera de um pervertido ser,

nada de bom, de afável, apenas o mal.

Em becos a escória escondida, obtusa.

a desdenhar do esforço humano, pretexto.

E de repente, arqueia a veste, num gesto

de crueldade, a mente, embolia aguda.

O que se espera de um ser medonho,

Que por seu gesto, deixa um pai tristonho,

Tira a beleza, talvez a vida, agonia

De um pequeno ser que nunca culpa teve.

Tentando ver a luz, arredia a vida lembra,

pequeno ser, um dia se encheu de sonhos.

Pra procurar vencer a dor, vencer o ventre

a criatura, não lhe deixou nascer.

Deixa a mãe, tão evasiva, fica o peito...

de dor, vergonha, medo e ódio puro,

Que não deixou crescer o ser pequeno,

Arremessando a vida numa cratera escura.

Por essa mãe que um dia, sonhos teve,

o amanhecer só te deixou lembranças.

Do beco escuro onde um ser medonho,

tirou a vida de sua pequena criança.

Reidner Willians
Enviado por Reidner Willians em 01/07/2010
Reeditado em 01/07/2010
Código do texto: T2351816
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