Liberdade a dois
Sem amar não fico
Não gosto, mas não me pinico
Muito menos me turbo
Nem me perturbo
Ou me masturbo
Sempre há quem o faça por mim
Amor e amar... tô sempre a fim
Detesto o termo possessivo
É por demais degradante
Sou demais exclusivo
Ainda que por uns instantes
Poesia é instrumento
Para demonstrar sentimento
E os tenho embora não pareça
Quem não acha, que me esqueça
Leia outros assim
Não julgo ninguém, nem a mim
Mas condeno certas tentativas
De doutrinar, de prender, cercear
Fé é coisa boa
Quem a tem não vive à toa
E amo a liberdade, a natureza
Minh´alma nunca está presa
Mas nem sempre liberdade
É estar sozinho
Ser livre ao lado de quem se quer...
Talvez seja o melhor e mais belo caminho.