Academic Intermezzo II
Se lhe convém meu coração escravo,
ferido de morte e angustiado,
Não me permita mais a luz do dia,
pois aqui ficarei encarcerado
crendo ser belo o que me fere,
e crendo ser lícito o que vicia.
Não lamento que seja a vida
o que me aprisiona à sua mortalidade.
Sendo homem ou sendo arremedo,
rascunho apagado de sua presença
me entrego ao fim e ao recomeço,
crendo ser puro o que me abate.