Esporádica saudade
Nem se nota a saudade no canto
Pálido de quase sarjeta.
Poderia ser um simples sentimento
Ou talvez fosse só um rebento
Do cáustico sol do meio dia.
E, ao se ater aos detalhes da nota
Que desbota nos anos
Que se passaram sem ser notada.
Percebe-se que está meio assentada
No fluxo que escorre da vida.
Continua existindo em seu contexto...
Mesmo que vista do avesso
Está com o mesmo teor do passado.
Pode parecer sacanagem...
Mas, no entanto é esse o endereço
Anotado na nota que está exposta
Na vitrine dos olhos na distância
Que separa a saudade da esperança
Esperando as lembranças escoarem.