pelo chão afora

derramo meus olhos

pelo chão dos teus passos crueis

que um dia por nada

te levaram de mim

e de lá já se foram

tantas madrugadas em claro

tantas noites vazias

tantas manhãs tão frias

raros

foram meus momentos de paz

que o tempo ingrato

incólume

nunca perdoou

e dele já suportei

todos os infernos

vulcões internos

dores imensas

e por reconpensa

tenho meus pedaços expostos

os poucos que não me levastes

mas se olhares atras

por um momento que seja

verás

meus restos espalhados

pelo chão afora

o mesmo chão que pisastes

quando fostes embora

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 01/07/2010
Reeditado em 01/07/2010
Código do texto: T2351308