MORRERAM OS POETAS

Que dia! Tantas histórias a contar...

Tantas pessoas fazendo poesias com o olhar,

Tantas pessoas deixando saudades no ar,

Tantas pessoas com tanto para falar,

Tantas pessoas felizes por sonhar...

“Renato Russo”, “Fernando Sabino”, como não chorar?

Tantas palavras que eles não vão mais escrever,

Tantas emoções que eu não vou ler,

Tantas perguntas para se fazer...

Que dia! Tantas dúvidas a me percorrer,

Tantas personagens que eu não vou conhecer.

“O encontro marcado”, “Quase sem querer”!

Cada crônica, cada música, cada verso...

Quem sou eu nessa irônica dúvida do Universo?

Por que a morte se repete e mata os imortais?

Qual é a sorte que me pede a paz?

Sou um saudoso! Amo o que não se pode recriar

E, em meu rosto, amo a poesia que me ensina amar!

Despeço-me, então, reafirmando a saudade.

Peço, quase em vão, que a poesia não se acabe!

Morreram os poetas! Isso também é poesia,

Pois a escrita é a realização da fantasia,

A escrita ressuscita os poetas,

A escrita elucida, apaixona, comove e afeta!

Samarone Leonardo
Enviado por Samarone Leonardo em 01/07/2010
Código do texto: T2351268