As Feras

Elas repousam nas torres de marfim

Observam do panteão a plebe febril

Sussuram frases construídas por línguas antigas

E aprendidas em tempos atuais

Sua confusão é a gema do hálito alheio

Suas penas formam asas na imaginação dos outros

E sua boca fere a antecipação do futuro

De quem ousa questionar

Sua presença fecunda o silêncio

Entre os plebeus piréticos

E consubstancia os dizeres da bandeira

De um mundo conservador e pueril

Fadado a estratificação velada

Combatida pelo discurso perverso,

Estante e meio inverso a sua prática na vida

As feras se escondem nas candeias

À espreita e à espera da caça alheia

Dos pequenos predadores

Que crescem entre as árvores frondosas

E que pouca luz deixam refletir

Ás pequenas árvores que brotam

Nas instâncias da vida e que não passam

Dos brotos:

Muitos apodrecem jovens

E fenecem sem realização

As feras esperam a caça dos outros

Roubam-nas e apresenta a todos

Como sua...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 01/07/2010
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