Anjo da Noite

Sobe a luz reluzente da lua,

ficas a vagar pela rua como boêmios.

Ruas serenas e nua.

Em meu leito choras insênios,

que provocariam um crepúsculo,

mas tua insatez te reduz,

coloca-te contra a luz...

Anjo da Noite,

vem a vagar,

disponde seus fracos sentimentos,

e passa a chorar.

foges do mundo intenso e fixa-se em fingimentos.

Anjo da Noite a me adorar,

voa com tuas imensas asas,

em caminho ao meu encontro...

Em claridade do luar,

vem acompanhar-me na escuridão,

junto a mim sufocar,

e preencher esse vagão...

Anjo da Noite sereno,

inculto explende o rancor que existe em ti,

andas com seus pés ferventes no grandioso mar de fogo e ferventes larvas...

Choras diante meu leito um perverso e cheio lago cinzento...

Fixa-se nesse tristonho e maligno olhos escuros,

que dominam e perfura o coração,

deixando-ocarente e complexo de furos...

Anjo da noite, vem a cantar,

seus estridentes gritos, aflitos e agudos,

recentimentos flácidos e impuros...

Procuras por um leito tranquilo,

encontras aquela rosa branca a chorar,

lágrimas de cristais vermelho derramar,

e finge a sonhar...

Anjo da noite, Anjo da noite,

junta-se à escuridão e bombardea o coração...

Choras oh anjo puro e inculto.

Choras mares escuros.

Choras oh anjo boêmio.

Choras na noite anjo sereno...

Cleah
Enviado por Cleah em 30/06/2010
Reeditado em 01/07/2010
Código do texto: T2350132
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