TRADUZIR A MINHA SORTE

Vou andando pelo meu caminho

nem sempre sei para onde

muitas vezes estou sozinho

muitas vezes vou para longe.

Não sei traduzir a minha sorte

nem sei se é ela que me traduz

a vida de um lado do outro a morte

a escuridão sai quando entra a luz.

Quem me preparou o destino

não quis mesmo facilitar

posso mudar, pois não me confino

não quero nisso acreditar.

Dizem que eu sou o culpado

ou que estava em minhas mãos

mas se não fui preparado

não estive com meus irmãos.

O caminho me foi árduo

sem muitas contemplações

levo comigo este fardo

na alma alguns arranhões.

Nunca tenha pena de ti

nunca fique parado na tua queda

ouça o canto do bentivi

sinta o amanhã que se apega.

O manejo de teus versos

saiba administrar com destreza.

Os pensamentos submersos

concentrado em tua beleza.

Falo da beleza em meu caminho

é ela que faz a diferença

um filhote em seu ninho

faz dissipar qualquer descrença.

Trato em outra dimensão a feiura

lido com o literal e a alegoria

o que é feio traduz em amargura

e o belo nos olhos da fantasia.

A beleza está nos olhos de quem vê

a feiura também é assim

tem quem não gosta do amanhecer

outros que apressam o seu fim.

Quando a sorte chegar

ofereça-lhe uma cadeira!

Pare um pouco de rezar

olhe a maçã debaixo da macieira!

Eu corro atrás da riqueza

e ela corre atrás dos ricos

até a deusa da beleza

está arrolada entre os mitos.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 30/06/2010
Código do texto: T2349729
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