Conselho II
Criança, desperta! O mistério é findo.
Vês?
É apenas a ponta de uma flecha
– encantada, decerto:
enquanto houver o antes, o depois e o sempre,
almejarás
o inalcançável....
Não chores, criança... acalma-te.
Percebe: há outros alvos, outras almas;
há vileza e piedade;
as outras são cruéis
ou pios reflexos da tua
– nitrato de prata entre o vidro
e o papelão.
Abre a caixa dos segredos, larga ao vento a esperança!
Dorme, criança,
que sonhos te libertarão.