O vôo das aves

No vôo de uma ave

Cortando o céu em silencio

Por entre as nuvens brancas

O ar frio em seu rosto a tocar

Sabe o quanto é distante

O seu lugar de parar.

Uni-se com outros

Indo para o mesmo lugar em forma de V

Para mais rápido o vente cortar

Trocando a todo instante para o primeiro descansar

E assim segue seu rumo

Trocando sempre de lugar

E todos ali a colaborar

Aguardando o momento de posar

Sobre uma bela lagoa azul

Para se saciar e repousar

Alimentando-se, comendo energia

Há muitas léguas para voar.

O frio está chegando

Levantando vôo vamos prosseguir

Procurando terras quentes como havia aqui

Sei onde encontrar

A natureza me guia sem se opor

Sigo meu destino com louvor

Pelas estradas invisíveis do céu

Cortada por vários monstros de metal e de vidro

Com um barulho infernal

Dizendo que eu sou um risco

Um perigo uma surpresa

Mas esquece que bem antes do Santos Dumont

Meus ancestrais já cortavam

Os céus em todas as direções

Sem nenhuma restrição.

DALMO SOUSA
Enviado por DALMO SOUSA em 28/06/2010
Código do texto: T2346541
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