Encontro no show dos Paralamas
Rio de Janeiro, 19 de junho de 2010
Deus é muito meu amigo
Quando quase caio em tentação
Após o término sem volta
E reviravoltas enevoando a razão
Brinco de show repetido
Há vinte anos amigo
Vejo o Herbert perfeito
E o Vital em sua moto
Sorrio o ar rarefeito
E o encontro planejado
Por Ele, que nunca me abandona
O beijo sem poltrona
Do guisado na porta do clube
Traz à tona a vida crua
Festejada em versos raros
Gentileza e força
Sentir-me quase moça
Sua nua em seus braços
Abraços divinos
Laços perfumados
Gozo por pouco não chorado
Enebriada pela beleza sua
Estupefata
Sem estar apaixonada
Feliz
Poderosa magia da carne
Confusa
Anos a dividir
As nossas ruas