Compreensão

De ambos os lados sente-se o passado tentando vencer

Ditaduras que elegem novos presidentes a cada dia

É o tufão que passa com velocidade soberba

Aproveitando-se do caos da falta de não ter o que comer

Sou filho do pão

Amaldiçoado

Cuja sede é feita das areias de um mundo imaginário

Tudo provindo de uma batalha em que no final

Apenas se espera a bomba, o botão vermelho

Sendo explodida, apertada

Arrastando tudo que não for simplificado

Venham, venham

Levo multidões como faço aves sumirem do espaço

Sou canhão familiar

Estou ficando sem ar

Não consigo respirar

Talvez a mutação me transforme em gigante

E pisarei de continente a continente

Arrancando em tufos os corpos mutilados

Alimentando minha própria cobiça

Jorrarei urina ácida sobre diversas regalias

Limparei meus dentes com os fuzilados

E darei bônus aos que arrancaram

A inocência de centenas

Vem dos livros

Ou de qualquer porcaria

As respostas de todas as dúvidas

Fazer matar é tão fácil quanto se viciar

Palavras e dinheiro

Um humano vive sonhando

Descubra e lhe dê uma desculpa

Então todas serão apenas uma

Pessoas são apenas miras

E alguns números que retornam como notícia

Somos nossos próprios carrascos do dia-a-dia

Uma faca não leva a psicopatia

O desejo apenas nasce

Primeiro do medo e depois se avoluma conforme a injustiça

Arreganhe, arranhe, e depois coma

Afinal nos ensinam

Pedaços...são apenas pedaços...

Vams
Enviado por Vams em 28/06/2010
Código do texto: T2345350
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