Compreensão
De ambos os lados sente-se o passado tentando vencer
Ditaduras que elegem novos presidentes a cada dia
É o tufão que passa com velocidade soberba
Aproveitando-se do caos da falta de não ter o que comer
Sou filho do pão
Amaldiçoado
Cuja sede é feita das areias de um mundo imaginário
Tudo provindo de uma batalha em que no final
Apenas se espera a bomba, o botão vermelho
Sendo explodida, apertada
Arrastando tudo que não for simplificado
Venham, venham
Levo multidões como faço aves sumirem do espaço
Sou canhão familiar
Estou ficando sem ar
Não consigo respirar
Talvez a mutação me transforme em gigante
E pisarei de continente a continente
Arrancando em tufos os corpos mutilados
Alimentando minha própria cobiça
Jorrarei urina ácida sobre diversas regalias
Limparei meus dentes com os fuzilados
E darei bônus aos que arrancaram
A inocência de centenas
Vem dos livros
Ou de qualquer porcaria
As respostas de todas as dúvidas
Fazer matar é tão fácil quanto se viciar
Palavras e dinheiro
Um humano vive sonhando
Descubra e lhe dê uma desculpa
Então todas serão apenas uma
Pessoas são apenas miras
E alguns números que retornam como notícia
Somos nossos próprios carrascos do dia-a-dia
Uma faca não leva a psicopatia
O desejo apenas nasce
Primeiro do medo e depois se avoluma conforme a injustiça
Arreganhe, arranhe, e depois coma
Afinal nos ensinam
Pedaços...são apenas pedaços...