Morte

Eu, como tu

Pertencemos à morte

Com ou sem sorte

Rumo ao sul ou ao norte

Numa casinha ou num forte

Às vezes desviamos

Sorrimos, assim pensamos

Enganei a inexorável

Desviei do (in)evitável

Aqui nada entendemos

Fazemos tudo para que fiquemos

Narciso o engambelador

O todo todo sedutor

Na vida pensa que tudo pode

Na morte só “se sacode”

Pois aí acabou

O sonho entornou, liquidou

E tudo o que nos resta

É festa,

Alegria,

Orgia

Modo de saudar a vida

Esvaziada, esvanecida

Nada bronzeada

Zuô, enxugô, marcô

Lounew
Enviado por Lounew em 27/06/2010
Reeditado em 02/07/2010
Código do texto: T2343850
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