Morte
Eu, como tu
Pertencemos à morte
Com ou sem sorte
Rumo ao sul ou ao norte
Numa casinha ou num forte
Às vezes desviamos
Sorrimos, assim pensamos
Enganei a inexorável
Desviei do (in)evitável
Aqui nada entendemos
Fazemos tudo para que fiquemos
Narciso o engambelador
O todo todo sedutor
Na vida pensa que tudo pode
Na morte só “se sacode”
Pois aí acabou
O sonho entornou, liquidou
E tudo o que nos resta
É festa,
Alegria,
Orgia
Modo de saudar a vida
Esvaziada, esvanecida
Nada bronzeada
Zuô, enxugô, marcô