Minha filosofia

Minha filosofia

Dos meus refluxos jorram estrelas que um dia conquistei,

E nessa cama fria os fantasmas tornam a fazer-me temer.

Quem sou eu agora fugindo de mim mesmo, criado no escuro,

Preciso ir, mas a dor que eu estou sentindo leva-me ao fundo.

E os meus desejos continuam guiando minhas meras poesias,

Rompendo noite, vou me perdendo na minha filosofia.

Escorrendo entre os meus dedos, a minha angustia já não cede,

Cansado de esperar, minha alma desiste e nada mais pede.

Uma vez eu disse que da minha dor eu criaria meu destino,

Caminhos pedregosos se tornaram planos pelos meus pés.

Promessas perfeitas para um futuro que parecia não existir,

Futuro tão belo que se destruía a cada passo do meu seguir.

Caminho em frente sem certeza de adormecer o sol,

Pois em minha vida apenas a luz da lua tem sentido.

Se não sinto-me bem com a noite, não estarei bem comigo,

Não são os meus caminhos maus, entretanto eu sou meu perigo.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 26/06/2010
Código do texto: T2342539
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