Negro
O meu canto
É de dôr.
De perceber
Que as mãos, ainda
Estão acorrentadas.
Os espiritos ainda
Viven nas cenzalas.
E a dor ainda não morreu.
As diferenças jogão-me
Ainda nas sargetas.
A negra pele ainda é preta
Sangrando,
ainda está meu coração.
03.01.04