NUVENS SOLTAS

Muros altos, passos em falso
a solidão inquieta insiste em me tocar
de súbito um suspiro, como se quisesse me aliviar
Caem as lágrimas tão tímidas
como se desejassem me consolar

E no abandono tateio a poesia
com as mãos ainda marcadas pelo adeus
tinta e papel desvendando os segredos meus
No sentimento difuso e abstrato
contornando as letras com seus traços
em meio a ternura da lembrança do abraço

Nuvens soltas deste sentir inflamado
que tatuado queima o céu de minhas ilusões
O amor sangrando em tantas constelações

Respiro...sinto o medo...alisando minha pele
o frio se instala, o silêncio me cala,
só não aquieta este peito meu...

Toda profundidade cabe numa única palavra: AMOR
Toda desilusão amorosa consiste numa imensa dor

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 24/06/2010
Código do texto: T2339678
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