Compulsão
Gélida gota d'água,
Pinga mole em dura testa,
Faz ranger minha mágoa,
Dilui a sanidade que me resta...
Sangra fria minha boca,
Já não falo sem terror,
Nunca a cabeça está oca,
Sempre dói como tumor...
Que há mim que não aquieto,
Que não sei meu mal?
Que toco o chão e piso o teto?
Será que penso ou sinto?
É do coração o vendaval?
Ou da mente o absinto?