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Olhos de Poeta*

Que o poeta vê
Ao fustigar o fogo que inflama
Num mar cerebral, naus sem âncoras
De velas desbragadas
Em poesias loucas...
Vê o verso estrela
Percebe a flor da rima
A palavra farol
O verbo Lua
A voz do Sol
Uma urgência imperiosa
Na claridade mental da bruma...
Traz um soneto errante
Um sorriso cometa indefinível
Um gesto escrito deslumbrante
Onde fervilha puro
O Amor
Letra Maiúscula
Que deixa de ser vogal
E na alma torna-se consoante.

Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 23/06/2010
Código do texto: T2337527