Poema na tarde de outono
Quando caem as folhas
das árvores seculares
da minha vida,
é uma perda renovada.
E os poucos pingos
de chuva que caem
não interferem nas
coisas que acontecem.
Sinto frio,
e tomo um
sorvete na esquina da praça.
Em qual estação estamos?
não se sabe,
sente-se, e isso basta para que
a natureza se manifeste e se engrandeça.
a vida de estação é imprecisa e estacionada.
um inimigo cruzou minhas retinas, mas
os arvoredos silenciaram seu canto de morte.
se este outono é meu,
deitará comigo
na minha cama de folhas
e nada mais é crença,
tudo lenda ,literatura e imaginação.
coisas de estação!!