CORRE A ÁGUA...
 
 
Cai a chuva...
Corre a água...
Escoa o pranto do canto...
Lava o desencanto,
purifica a alma silente
para que se transmute
sábia, explícita e infinita.
 
Limpa meu ser...
Leva consigo
tudo de ruim
que lá se esconder
para que assim,
eu possa renascer...
 
Só peço que deixe  ficar
a suavidade
e sua terna claridade,
os sonhos que dão cor
à realidade...
 
Deixe a simplicidade ficar!
A alegria do amor extremo,
a capacidade de acreditar
e a vontade de viver!
 
Do que não mais faz sentido
não deixe nenhum resíduo.
Leva a solidão na enxurrada
para que desabroche luz
e ilumine a escuridão.
Cai chuva,
corre água...
 
01/08/2006
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 06/09/2006
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T233713