Eterna Cora
Beleza rara, porém finita,
Que de tão infinda tem fim.
Escultura crua, aos olhos nua,
És tão pura que a mim censuras.
Carne magra, porém intacta,
Flor macia jamais beijada,
És madrugada passada clara,
És meu delito, minha cova rasa.
Mesmo assim eu te desejo,
Amor profundo me inflama o peito.
És minha amante, és minha morte.
Me sufocas, me devoras,
Beijo-te em sonho, eterna Cora.