Eterna Cora

Beleza rara, porém finita,

Que de tão infinda tem fim.

Escultura crua, aos olhos nua,

És tão pura que a mim censuras.

Carne magra, porém intacta,

Flor macia jamais beijada,

És madrugada passada clara,

És meu delito, minha cova rasa.

Mesmo assim eu te desejo,

Amor profundo me inflama o peito.

És minha amante, és minha morte.

Me sufocas, me devoras,

Beijo-te em sonho, eterna Cora.

ABandeira
Enviado por ABandeira em 22/06/2010
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